Como sabemos, nosso curso (Medicina UFBA – Campus Vitória da Conquista) tem um currículo próprio, que envolve termos e peculiaridades intrínsecas a esse modelo de aprendizagem ativa. Algumas práticas e nomenclaturas confundem até mesmo nós alunos por algumas vezes, mas tentarei solucionar algumas dessas dúvidas com um glossário com os principais nomes presentes no nosso currículo e utilizando exemplos para ilustrar.
OBS: ESSA É A MINHA VISÃO DO CURRÍCULO, PORTANTO NÃO É NENHUMA INFORMAÇÃO OFICIAL CONTIDA NA ÍNTEGRA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.
Núcleo Temático – “Tema-guia” de cada semestre. Os componentes curriculares deverão estar ligados a ele. Por exemplo, no segundo semestre temos o núcleo “Da concepção ao nascimento”.
Componentes Curriculares – Presentes em todos os semestres, compreendem grandes conjuntos de objetivos globais que devem pautar os objetivos específicos, presentes nos subtemas (que equivalem às “matérias” do currículo tradicional, só que diferentemente destas, os subtemas aparecem ao longo do semestre de acordo com as demandas de aprendizagem).
Estes componentes possuem algumas variantes em relação à função, que são: GIPES (Grupos de Imersão na Prática em Espaços de Saúde), GEAC (Grupos de Estudos Acadêmicos), DCS (Discussões Contemporâneas em Saúde), OPS (Oficinas de Produção em Saúde), PETS (Programa de Educação Tutorial em Saúde) e RPC (Registro e Produção Científica).
Para ilustrar melhor como essa tonelada de siglas se relaciona, tomarei como exemplo um componente do segundo semestre – Elementos do fazer médico da concepção ao nascimento – que possui dentre os seus objetivos de aprendizagem, como o próprio nome diz, conteúdos relacionados à Ginecologia e Obstetrícia, que são trabalhados nos tutoriais de Ginecologia e Obstetrícia e de Semiologia (PETS), nas aulas de morfofuncionalidades, genética, saúde mental, imunologia, farmacologia e patologia, que se utilizam dos grupos de estudo (GEAC) e das discussões (DCS), para a construção da aprendizagem.
Além disso, a imersão (GIPES) também está presente no segundo semestre, desde a preparação com as oficinas de práticas semiológicas no laboratório de habilidades, até as visitas para acompanhamento pré-natal e parto nos espaços de saúde (Hospital Municipal Esaú Matos e Unidades Básicas de Saúde de Vitória da Conquista).
O componente de Registro e Produção Científica (RPC) está presente durante todo o curso e tem como um de seus focos a construção deste portfólio, que comporá uma parte do nosso Trabalho de Conclusão de Curso.
As OPS – Oficinas de Produção em Saúde – são geralmente concluídas ao final do semestre, e envolvem os conteúdos estudados e a realização de uma atividade de intervenção (atenção, gestão ou educação em saúde) para determinado público. Seria uma espécie de “produto final” dos assuntos e práticas trabalhados durante o semestre.
Espero que eu tenha conseguido relacionar os componentes do curso de uma maneira clara e simples! E que os exemplos tenham possibilitado a visualização do currículo na prática. Qualquer dúvida, deixe um comentário abaixo e tentarei responder.
Matheus H. Barros 